Aprendizagem
A robótica existe há muito tempo. Os robôs são máquinas que podem realizar movimentos ou funções humanas de uma forma automática. O que é realmente novo é o forte crescimento da inteligência artificial, uma disciplina que tem muitas décadas de existência, mas que tem sido impulsionada pelo poder de processamento das máquinas.
A inteligência artificial recebeu sua primeira descrição como área de estudo no em 1956, durante uma conferência no Dartmouth College, uma universidade americana em New Hampshire. Ali, foi apresentada a premissa de que "cada aspecto da aprendizagem ou qualquer outra característica da inteligência pode ser descrita com tanta precisão que uma máquina pode ser feita para simulá-la" e, assim, surgiu uma primeira abordagem sobre a definição de inteligência artificial.
O grande salto é que, através da inteligência artificial, estas máquinas, estes robôs, têm a oportunidade de começar a pensar por si mesmos, o que significa que decisões ou soluções para problemas que antes só eram possíveis através de seres humanos, começam a ser possíveis para os robôs.
• A inteligência artificial e a vida humana
As principais questões são: serão os robôs capazes de pensar? Será que os robôs são capazes de sentir? Serão os robôs capazes de criar? Será que eles vão ter as suas próprias intenções? A sua própria vontade? Mesmo uma questão muito popular é se a inteligência artificial vai dominar o mundo.
Francisco Santolo, CEO da Scalabl, explica de uma maneira muito simples, através exemplos de inteligência artificial no dia a dia, tais como transporte ou eletrodomésticos inteligentes. Os dois pontos-chave de sua explicação estão na análise das qualidades humanas, como a capacidade de criar e a capacidade de sentir, comparando-as com as habilidades que os robôs têm hoje através da inteligência artificial.
Uma definição simples da capacidade de criar é que a criatividade é misturar coisas diferentes de uma nova forma, isso está muito ligado ao reconhecimento de padrões, base do modelo de processamento de inteligência artificial.
Os sentimentos podem ser definidos de uma maneira simples como sinais que o nosso corpo nos está a dar para nos informar sobre as coisas que acontecem dentro e fora de nós. Muitas vezes, nós, enquanto seres humanos, não somos de todo bons a ler os nossos próprios sentimentos. Mas os robôs têm a capacidades do nosso relógio, para sentir o nosso pulso, podem ler com uma câmara as nossas expressões e conhecer os nossos sinais, de estarmos felizes, zangados, e, assim, interpretar nossos sentimentos.
• A Inteligência artificial e os negócios
No contexto de uma crescente economia do conhecimento, entender como operam as tecnologias exponenciais, como a AI, na geração de negócios é fundamental para poder entender em qual parâmetros os empresários e empreendedores devem pensar os modelos de negócios atuais e futuros.
O importante é considerarmos como os avanços silenciosos da tecnologia podem afectar os negócio, se não os tivermos em conta. Podem funcionar também a nosso favor e tomar consciência de como funcionam. Como Ray Kurzweil explica, “nossa intuição sobre o futuro é linear. Mas a realidade da tecnologia da informação é exponencial, e isso faz uma grande diferença. Se dou 30 passos lineares, chego a 30. Si dou 30 passos exponenciais, chego a um bilhão”.
Peter Diamandis e Steven Kotler escrevem sobre um possível futuro de abundância ao nosso alcance. Outros se concentram nos perigos que a tecnología poderia ocasionar. O certo é que dependerá do uso que dermos à tecnologia como seres humanos.
Não percam de vista que de acordo com as 6D, não só o uso e consumo, mas também o desenvolvimento e a mesma evolução tecnológica estarão ao alcance de todos os indivíduos – pela democratização –, maximizando então a multiplicação dos possíveis impactos positivos e/ou negativos.
No blog BSR™, é explicado que "as maiores empresas do mundo estão investindo bilhões para desenvolver suas capacidades de AI, e empresas de todas as indústrias, de viagens a imóveis e moda, estão correndo para trazer serviços habilitados a AI para o mercado". A IA tem o potencial de trazer benefícios sociais significativos, já que, a inteligência artificial nas empresas, permite melhorias nos serviços de saúde, do transporte, da aplicação da lei, entre outros.
Mas a IA também traz riscos sociais, por exemplo, a privacidade, através do uso indevido de informações pessoais. Em seu artigo "Seven Things Every Company Should Know about Artificial Intelligence and Sustainable Business", BSR explica que "o futuro da IA é incerto, mas as decisões de hoje podem ter conseqüências a longo prazo.
A adoção de abordagens responsáveis da IA exigirá uma luta com mudanças rápidas, incerteza e complexidade. A intersecção de tecnologia, ética e direitos humanos é um dos assuntos a que precisam estar no centro da agenda de negócios. Estas questões serão centrais para o desempenho e estratégia de negócios."